Bienal de arte e tecnologia em Braga
 
A segunda edição da Bienal de Arte e Tecnologia INDEX vai decorrer em Braga entre os dias 9 e 19 de Maio de 2024. O conceito definido para este ano foi Coexistência e o seu propósito é o de procurar estabelecer relações entre tecnologia, democracia e liberdade. A relação entre arte e tecnologia é explorada através dos quatro eixos estipulados, performance, pensamento, exposição e mediação.

Fotografias: Cortesia do Bienal de Arte e Tecnologia INDEX. Fotografia de abertura Kode9, da autoria de Nerea Coll.

“45th Parallel”, Lawrance Abu Hamdan. Fotografia de Blaise Adilon.

O conceito de coexistência é o ponto de partida para segunda edição da Bienal de Arte e Tecnologia INDEX, que se vai realizar em Braga entre os dias 9 e 19 de Maio de 2024. A bienal faz parte do plano de acção e actividades da cidade, enquanto membro da rede das Cidades Criativas da UNESCO em Media Arts, e este ano integra o programa das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. A bienal é uma iniciativa da Braga Media Arts e Luís Fernandes, elemento da direcção artística, sublinhou que “a celebração dos 50 anos do 25 de Abril serviu de mote para pensarmos sobre o significado de liberdade na actualidade, e no importante papel que a tecnologia desempenha nessa definição”. Acrescenta ainda que “com a exploração da ideia de Coexistência propomos um alargar do entendimento dessa mesma definição de liberdade, que nos parece fundamental nos tempos em que vivemos”.
A equipa coordenadora da bienal deixou expresso no seu comunicado de imprensa que “reconhecendo a tecnologia como um dos elementos disruptores dos tempos actuais, a segunda edição pretende ainda destacar o seu potencial enquanto instrumento ao serviço da democracia, da liberdade, da ética e do respeito pelo humano e pelo não-humano”.

Synspecies. Fotografia de Tadej Droljc.

O programa da bienal, nos quatro eixos performance, pensamento, exposição e mediação, é composto por exposições, conferências, espectáculos e actividades de mediação e participação. A arte e o pensamento crítico vão permitir a instalação de um ambiente propício para a reflexão e para uma discussão ampla em torno da ideia de coexistência. Estão apontadas cerca de 50 propostas representantes de práticas artísticas contemporâneas com um foco na relação entre arte e tecnologia.
Nos primeiros destaques da programação desde edição estão o artista sonoro e visual Ryoji Ikeda (“Ultratronics”), a conferência-performance de Lawrence Abu Hamdan, o espectáculo audiovisual da dupla Synspecies (Elias Merino e Tadej Droljc), o projecto audiovisual sci-fi de Kode9 ou a colaboração entre a produtora Evita Manji e o duo dmstfctn.
No eixo exposição, que referencia directamente o quinquagésimo aniversário do 25 de Abril, os trabalhos expostos realçam a arte, a imaginação e a ficção como formas de resistência e revolução ideológica. São destacados ainda outros artistas como Jonas Staal, Kyriaki Goni e o colectivo Total Refusal. Em torno do pensamento nomes como Sénamé Koffi Agbodjinou, Steve Goodman, Lawrence Abu Hamdan, Teresa Castro ou Frédéric Neyrat, são especialistas e pensadores que, nas conferências e debates, vão abordar questões como a integração de inteligência artificial na sociedade, os desafios políticos das tecnologias actuais ou a importância do denunciar para expor irregularidades sociais, económicas e políticas.

Ryoii Ikeda. Fotografia de Ryo Mitamura.

A Bienal de Arte e Tecnologia de Braga estender-se-á pela cidade pelos espaços Gnration, Theatro Circo, Mosteiro de Tibães, Galeria do Paço – Reitoria da Universidade do Minho e Museu Nogueira da Silva.

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